Mesmo com a alta do dólar, muita gente está com viagem para o exterior marcada e não pretende desistir de aproveitar a folga em algum país estrangeiro. Como evitar que o rombo no orçamento seja muito grande? O #RoteirodaSara foi conversar com a Aldrey Zago Menezes, sócia-diretora da AZM Consultoria em Câmbio para saber as dicas para não perder tanto na hora de pagar a conta em reais.
- Leve a maior parte do dinheiro em moeda (cash). O IOF é de 0,38%. Seja em dólares ou euros, a maior quantia deve ser levada em espécie. Para sua segurança, quando reservar hotel, pergunte se existe caixa forte ou cofre para guardar documentos e moeda. Alguns apartamentos para aluguel por temporada possuem cofres também.
- Em alguns países da América do Sul, como Argentina, às vezes vale mais a pena levar o próprio real. A moeda do país vizinho (peso argentino) oscila muito, por isso é importante conversar com alguém de lá – ou alguém que recém tenha viajado ao país – para saber a situação do momento. Existe dois tipos de cotação naquele país: a oficial e o blue (paralelo). Nessa sexta-feira, por exemplo, o dólar oficial custava 8,53 pesos e o blue 13,71. O problema é que nas casas de câmbio o valor pago é sempre do dólar oficial. Pelo centro da capital portenha – especialmente na Calle Florida e na Lavalle – várias agências de turismo e lojas realizam a troca pelo valor do blue. Muitas delas são antigas e conhecidas dos turistas. Se você nunca foi até Buenos Aires ou não conhece nenhuma delas, uma sugestão é que pergunte no hotel. Se quiser testar um endereço, troque uma quantidade pequena na primeira vez. E confira se as notas são verdadeiras. Eu sempre troco pelo blue, mas precisei de algumas viagens a Buenos Aires para conhecer e confiar nos locais onde faço câmbio. Pergunte para pessoas que você conhece e já foram para lá sobre lugares para trocar dinheiro moeda. Com as restrições de Cristina Kirchner para compra de dólares, até restaurantes e lojas estão aceitando – por uma ótima taxa.
- Compre moedas estrangeiras em uma casa de câmbio no Brasil que forneçam um contato do agente financeiro para você consultar durante a viagem. Além do número de telefone, um número de whatsapp ou até mesmo Facebook são importantes. Caso alguma coisa aconteça – perda do dinheiro, do cartão ou mesmo roubo -você tem uma pessoa como referência. Existem várias maneiras de receber dinheiro de emergência no exterior. Na AZM, por exemplo, caso o cliente tenha emergência, é feita uma remessa de dinheiro para um ponto próximo da localização do viajante.
- Em vez do cartão de crédito, leve um cartão TRAVEL MONEY. É um cartão pré-pago que você carrega (paga adiantado) antes de sair do Brasil. Ele tem o mesmo IOF do cartão de crédito (6,38%) com a diferença que não corre o risco da oscilação da moeda estrangeira. É bom para quem não pretende parcelar a viagem nas faturas futuras do cartão de crédito.
Outra vantagem desse cartão é a segurança. Em caso de perda ou roubo, ele é bloqueado e outro é enviado para o local onde está o viajante. E não tem custo. O valor mínimo de carga é de 100 unidades da moeda (dolar americano ou euro, em geral) e o máximo 10 mil. No exterior funciona como débito ou saque. O valor da moeda local é automaticamente convertido na moeda original da carga do cartão. O interessante, segundo Aldrey, é levar esse cartão com um valor mínimo, como segurança. Se for preciso, ele pode ser recarregado do Brasil pelo seu agente de câmbio.
- Se você ainda assim decidir usar o cartão de crédito – para pagamento posterior e apostando na sorte com a diferença cambial – confira se sua bandeira não benefícios como seguro saúde ou algum tipo de auxílio internacional. Leve sempre consigo os números de contato do cartão no exterior.
- Alguns bancos brasileiros oferecem a opção de saque no exterior. Cada saque costuma ser tarifado com um valor fixo, por isso é interessante fazer uma retirada maior por vez. Confira os valores de cada banco, inclusive com qual câmbio a instituição opera para decidir o que sai mais em conta.
- Abrir conta no exterior: Em alguns países é muito rápido abrir uma conta corrente e se você for ficar um tempo maior (um mês, por exemplo), vale a pena. O valor da transferência é a cotação (que é abaixo do câmbio turismo) + IOF 0,38% + taxa swift (aí vai depender de quanto cada corretora cobra, porque varia).
Fonte: Blog Roteiro da Sara - http://bit.ly/1KICufi